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Foto: Renan Mattos (Diário)
O amor pelo filho de cinco meses deu a um dos apenados do Instituto Penal de Santa Maria, de 31 anos, um motivo para buscar a ressocialização. Ele e outros nove presos de Santa Maria participam de um projeto em que irão trabalhar na manutenção de parques e praças da cidade.
- A gente está aprendendo uma lição nova de vida. Estamos enxergando um novo modo de viver. Não estamos mais trancados em uma cela onde só vemos concreto e grades. Estamos agora respirando um ar de liberdade. Vamos pagar pelos nossos erros, mas estamos nos tornando pessoas melhores. Meu filho está crescendo e eu quero ser uma pessoa melhor para ele - afirma.
O objetivo da parceria é garantir a inclusão social deles na sociedade e proporcionar uma oportunidade de emprego e de qualificação profissionalizante. A iniciativa consiste em treinar os homens para que atuem na limpeza, no plantio e na podas de árvores de praças de Santa Maria. Nesta terça-feira, os apenados começaram a receber orientações da Emater a cerca dos tipos de plantas e como cuidar delas.
- Num primeiro momento, a gente pensa em passar conhecimento para a atividade que vão desempenhar, mas eu acredito que, neste momento, o mais importante seja realizar uma reflexão sobre o recomeço deles. Eles vão precisar do acolhimento da sociedade - destaca Marciano Loureiro, da extensão rural da Emater.
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Depois do treinamento, que deve continuar na quarta-feira, eles passarão a fazer a limpeza na Praça General Osório, popularmente conhecida como Praça do Mallet.
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Foto: Renan Mattos (Diário)
REINTEGRAÇÃO
O delegado regional da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Anderson Prochnow, explica que a cada três dias de trabalho, os apenados terão redução de um dia de pena. Será pago a eles 75% do salário mínimo nacional (R$ 998), o que corresponde, em valores, a R$ 748,50, dentro de uma carga de seis horas diárias. O recurso sairá da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
- Os 10 apenados foram voluntários. Temos até uma fila de espera, com mais gente que quis participar do projeto. Eles passaram por entrevista com psicólogos, assistentes sociais, com o nosso chefe de segurança. Todos eles têm bom comportamento. Em vez de ficarem recolhidos esperando os dias passarem, agora eles têm uma oportunidade de mudar de vida - observa o delegado.
*Colaborou Janaína Wille